Lexikos

Sobre nós

A Lexikos é uma editora que nasceu primeiramente como escola de ensino de idiomas e, posteriormente, tornou-se uma empresa de tradução. Hoje, suas fundadoras (Telma de Lurdes São Bento Ferreira e Vera Lúcia Ramos) combinaram suas experiências com aulas, tradução, escrita de material didático e edição de textos para formar uma editora com títulos voltados para o ensino de idiomas e de tradução, assim como para a área de psicologia. Mas a Lexikos não parou por aí, criou o selo Lexikos Bambini, para levar ricas histórias para crianças e adolescentes e dar a voz para as crianças em projetos que incentivam suas reflexões e escrita criativa.
A Lexikos é uma editora diferenciada, porque é gerida por professoras e tradutoras, assim como trabalha com parceiros da área da educação, tradução e psicologia, que visam a contribuir para uma leitura enriquecedora e reflexiva.

Telma de Lurdes São Bento Ferreira

Conheça

Vera Lúcia Ramos

Conheça

O que significa o selo BAMBINI?

A Editora Lexikos agrega três linhas editoriais, a saber: Literatura e Tradução, Ensino e Aprendizagem, Psicologia e Terapias Integrativas. A Literatura Infantojuvenil, que sempre foi algo especial para a Lexikos, insere-se na linha “Literatura e Tradução”, com títulos que tanto podem ser de obras traduzidas como de obra escritas originalmente em língua portuguesa. No entanto, nós, editoras da Lexikos, acreditávamos que um selo voltado para a Literatura Infantojuvenil era necessário a fim de contemplar leitores jovens, como crianças e adolescentes, assim como pais e mediadores de leitura. Queríamos que estes leitores tivessem um espaço especial só deles. Assim surgiu o selo BAMBINI com uma proposta gráfica especial e com material para download para os leitores jovens, pais e mediadores de leitura. Atualmente o projeto em desenvolvimento do selo BAMBINI conta com a publicação de clássicos da Literatura Infantojuvenil, assim como de literatura contemporânea. Autores mirins são um destaque deste selo.

Clássico para Crianças

O projeto “Clássico para Crianças” está sendo desenvolvido pela Editora Lexikos e tem como objetivo geral levar a leitura de clássicos para crianças e adolescentes. Tais clássicos serão apresentados na forma de tradução de obras em domínio público. Também serão acrescentadas obras escritas originalmente em português. O objetivo específico do projeto, quanto aos textos clássicos, é resgatar textos canônicos da literatura mundial, mesmo que tais textos possam parecer mais densos e longos do que alguns da atualidade, curtos e de rápido consumo. Os textos deste projeto pretendem mostrar a necessidade premente da leitura questionadora a ser apresentada a leitores a partir dos sete anos, visto ser a idade de alfabetização.

Este projeto abrange algumas etapas, como tradução do livro, no caso dos textos clássicos, material para mediadores de leitura para download gratuito disponibilizado no site, livro em formato digital, audiobook e livro em braile. O primeiro livro deste projeto é The Velveteen Rabbit (1922) de Margery Williams (1881-1944). A tradução foi realizada por Solange Pinheiro, tradutora experiente, com pós-doutorado em Estudos da Tradução pela Universidade de São Paulo (USP) e as ilustrações por uma jovem talentosa, Maria Antônia Kfouri Soares, graduanda em Ciências Biomédicas (USP) e formada em Desenho pela Quanta Academia de Artes. Há um prefácio no livro para introduzir a obra aos mediadores de leitura, que também podem ser os pais das crianças, escrito por Telma Franco Diniz, que fez estágio no Children’s Literature Research Centre, na Faculdade de Cambridge, Inglaterra, onde realizou parte do trabalho de doutorado em tradução e recepção de poesia infantil.

Sobre a tradução do título…

Nem sempre os títulos das obras são traduzidos exatamente como aparece na obra que está em língua estrangeira, mas o processo tradutório é uma longa história e não trataremos disso neste espaço. Aqui, gostaríamos apenas de falar um pouquinho sobre a tradução do título da obra The Velveteen Rabbit. A escolha foi O Coelhinho de Veludo, embora rabbit seja coelho e velveteen, belbute ou belbutina, ou seja, O Coelho de Belbute para ser uma tradução bem exata. No entanto, o protagonista da história, o Coelho, é muitas vezes mencionado como the little rabbit, ou seja, o coelhinho. Belbute ou belbutina é um tipo de tecido que lembra o veludo, mas esse vocabulário não é comum em português do Brasil, por isso a nossa opção por veludo, tecido conhecido pelos brasileiros.

O Projeto “Clássico para Crianças” e o “Selo Bambini”

Quando tudo começou…
O Natal de Mickey é o título do meu primeiro livro de leitura, aos meus seis anos de idade. Tanto as frases da história como as imagens eram encantadoras. E a novidade que exalava de cada página perfumava os meus dias e me fazia sonhar com aquilo que eu não encontrava na minha realidade, como a neve, por exemplo. A neve imagem e a neve palavra, já que nem uma nem outra faziam parte da minha cultura e do meu vocabulário diário. E foi assim que comecei a me apaixonar por palavras novas e culturas diferentes possíveis de serem alcançadas pelos livros.
E muitos outros livros vieram, marcando fases, como, Clarissa, de Érico Veríssimo, e Tom Sawyer, de Mark Twain, livros da minha adolescência. Este último um grande desafio diante de tantas palavras incompreensíveis, já que meu inglês estava longe de ser avançado, mas havia ali um mundo a ser explorado, o que era mais desafiador que a própria dificuldade imposta pelas diferenças culturais e linguísticas. Naquela época o mais usual era procurar as palavras desconhecidas no dicionário e usar a imaginação para entendê-las da melhor forma possível, já que não havia a facilidade de ver a palavra em seu contexto, em frases ou em imagens, tão comuns hoje em dia por meio do Google.
E muito e muitos outros livros vieram, como, Huckleberry Finn (Mark Twain), Emma (Gustave Flaubert), Dom Casmurro (Machado de Assis), O Crime do Padre Amaro (Eça de Queiroz), Anna Karenina (Liev Tolstói)… Clássicos da literatura mundial e com eles novas descobertas e aprendizados culturais, linguísticos, também de modos de viver e pensar, que foram possíveis graças ao incentivo à leitura na minha infância, quando me foi presenteado, aos seis anos, O Natal de Mickey. Desde então o livro me acompanha, desvendando diferentes mundos e estruturando minha visão de mundo alargada e compassiva, pois aprendi com tantas e tantas personagens a enxergar um pouquinho mais de tudo.
Neste longo caminho de livros acabei encontrando minha sócia, cuja história com os livros tem uma rota diferente, mas por isso nem menos brilhante. Esta rota agora tem dois interlocutores, a Maria Sofia e o Joãozinho, para os quais a mamãe Telma conta infinitas histórias. “Eles pedem histórias todas as noites e gostam tanto delas em inglês como em português”, diz Telma. Algumas das histórias favoritas deles são Ou isto ou Aquilo, de Cecília Meireles, Malala, a menina que queria ir para a escola, de Adriana Carranca, A fada que tinha ideias, de Fernanda Lopes de Almeida (a mamãe Telma também leu este livro quando era criança!) e para o Joãozinho tem ainda We’re going on a Bear Hunt, de Michael Rosen e Helen Oxembury e The very hungry Caterpillar, de Eric Carle.
E foi assim que decidimos, a Telma e eu, criar o projeto “Clássico para Crianças” e o “Selo Bambini”, porque acreditamos que a sementinha da curiosidade pode ser semeada com livros muitas vezes desafiadores, por apresentarem diferenças culturais e linguísticas, mas nada que o conjunto imagem-palavra não possa ser estímulo para a formação de um lindo jardim. O Jardim da Imaginação.
Vera L. Ramos

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